Pelas regras da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputados estaduais podem contar com até 16 comissionados e dispõem de quase R$ 100 mil mensais para pagar salários em seus gabinetes. Mesmo assim, todos os 49 parlamentares recebem um “extra” para ampliar essa estrutura.
Pelo regimento interno da Casa de Joaquim Nabuco, integrantes da mesa diretora, líderes de bancada, de partido ou de blocos parlamentares têm direito a aumentar o número de assessores. Esse acréscimo varia de 60% a 100%, de acordo com a função exercida. Com as arrumações internas, ninguém deixa de ganhar uma fatia do bolo. Esse acréscimo gera um custo de quase R$ 40 milhões por ano, já colocado no orçamento anual de antemão.
A articulação que “une” governistas e oposicionistas é feita no início de cada legislatura e geralmente é refeita a cada biênio com as mudanças na mesa diretora. A primeira etapa é a escolha dos sete parlamentares que irão compô-la. O presidente, por exemplo, tem direito a 100% de acréscimo na estrutura de seu gabinete. Pela quinta vez no comando da Casa, o deputado Guilherme Uchoa (PDT) têm a verba de R$ 97,7 mil duplicada e até o dobro de assessores à disposição, que se dividem entre as funções de seu mandato e da presidência.
Fonte:Diário de Pernambuco