Por Kátia Gonçalves
Todos os anos, no dia 8 de março, o mundo reflete sobre as conquistas femininas ao longo dos séculos. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Flores irá realizar uma assembleia ordinária no próximo dia 11/03, das 06h às 09h, na sede do sindicato. A festividade reunirá amostra de produtos agroecológicos, peças artesanais e comidas típicas produzidas pelas agricultoras.
Depois das 09h, começará a assembleia, que traz como pauta: “Marcha das Margaridas 2015”. A palestra será ministrada por Antônio Filho, assessor da Federação Trabalhadores do Estado de Pernambuco (Fetape). De acordo com Maria Bernadete Barbosa, Secretária de Formação e Organização do STTR de Flores, que também exerce um trabalho específico com as mulheres do município, o momento é de reflexão e discursão sobre politicas públicas voltadas para a mulher.
“Precisamos avançar nessas discussões. Por isso, o 8 de março deve ser visto como momento de mobilização para a conquista de direitos e para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres. Aproveito e convido todas as mulheres e homens que queiram dar seguimento à marcha das conquistas”, convidou Bernadete.
Um dos parceiros do evento, o Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), reafirma o compromisso da Instituição em fortalecer laços com os sindicatos que lutam a favor das causas sociais. “O momento é de reflexão e interação com as mulheres fortes do nosso Semiárido. Aproveitamos o momento para parabenizar todas as guerreiras agricultoras não só de Flores, mas do Brasil!”, disse o coordenador de Articulação do Cecor, Manoel Barbosa dos Anjos.
Ainda em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, membros do Cecor e do Movimento de Mulheres Olga Benário, em parceira com a Secretaria Municipal da Mulher de Serra Talhada, vão ministrar oficinas em cinco escolas públicas do município, com o tema “Exposição midiática: Mais uma violência contra a Mulher”
Além disso, o núcleo de comunicação do Cecor produziu o documentário “Lágrimas que Revelam”, que relata um caso de violência contra a mulher. A história verídica aconteceu no município de Afogados da Ingazeira/PE, com uma jovem de 19 anos. Um relato que, infelizmente, mostra o quanto as vítimas ou familiares das vítimas ainda se sentem culpadas diante da brutalidade humana.
Para assistir, acesse o link: http://migre.me/oT5s8
História do 8 de Março:
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU.
(Organização das Nações Unidas).