Home Política Comissão de Justiça anuncia audiência pública para debater modelo de gestão da RMR

Comissão de Justiça anuncia audiência pública para debater modelo de gestão da RMR

Por Evandro Lira

Comissão de Justiça convocou, para as 10h da próxima terça (12), audiência pública para discutir o Projeto de Lei Complementar n° 1739/2017, que propõe o modelo de governança interfederativa responsável por gerir a Região Metropolitana do Recife (RMR). A matéria encaminhada pelo Executivo e outras 11 propostas de modificações ao texto estiveram na pauta de votação do colegiado nesta terça (5), mas foram retiradas para que haja o aprofundamento das discussões relativas ao tema.

 

“Percebo que a Comissão não está segura para avaliar os argumentos. Dessa forma, é necessário aprofundar a discussão, convocando representantes da Condepe/Fidem, dos municípios e da Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) para melhor analisar a proposta”, justificou o presidente do colegiado, deputado Waldemar Borges (PSB).

A proposta do Governo – anteriormente apresentada à Comissão Especial criada para tratar do tema – estabelece a constituição de quatro estruturas: um Conselho de Desenvolvimento Metropolitano (CDM), com função de estabelecer as políticas e diretrizes da RMR; o Conselho Consultivo Metropolitano (CCM), de papel propositivo e com participação da sociedade civil; o Comitê Executivo Metropolitano (CEM), que definirá de que forma as ações serão executadas; além do Fundo de Desenvolvimento da Região Metropolitana (Funderm), sistema integrado de alocação de recursos e prestações de contas da governança.

 

Segundo o projeto, 40% do CDM deverá ser composto por representantes do Poder Executivo Estadual; outros 55% serão divididos entre os 14 municípios que compõem a RMR; e os últimos 5% serão preenchidos por representantes da sociedade civil. O peso de cada município no colegiado – que terá 25 membros – será definido por um índice que leva em conta a participação populacional e a renda per capita da localidade. Assim, de acordo com os cálculos, o Recife teria 19 integrantes, Ipojuca contaria com quatro representantes e Abreu e Lima teria um assento, por exemplo.

 

A criação de uma instância gestora que envolva Estado e municípios formadores de um conglomerado urbano é uma exigência do Estatuto da Metrópole (Lei Federal n° 13.089/2015). A norma estabelece, por conseguinte, a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), a ser obedecido pelos entes formadores da Região Metropolitana, a fim de garantir que haja compartilhamento de responsabilidades na execução de funções públicas de interesses comuns, como, por exemplo, a gestão de resíduos sólidos e o transporte metropolitano de passageiros.

 

Outras matérias – Nesta terça, a Comissão de Justiça ainda votou pela aprovação de 36 proposições, 21 delas autorizando o Executivo a doar  ou ceder imóveis para o funcionamento de escolas, unidades de saúde, hemocentros e outros equipamentos nos mais diversos municípios pernambucanos. Também ganhou parecer favorável do colegiado o Projeto de Lei n° 1748/2017, que dispõe sobre a responsabilização administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública (Lei estadual Anticorrupção).

Foto: Sabrina Nóbrega/Alepe

Ida Comber
Assessora de Comunicação do deputado estadual Waldemar Borges

 

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