Home Notícias Secult-PE lança “Ciclo de Escutas Lei Paulo Gustavo” para ouvir opiniões do setor cultural sobre sua execução em Pernambuco

Secult-PE lança “Ciclo de Escutas Lei Paulo Gustavo” para ouvir opiniões do setor cultural sobre sua execução em Pernambuco

Serão realizados encontros em parceria com os Conselhos do Audiovisual, de Políticas Culturais e de Preservação do Patrimônio Cultural sobre a execução da lei em Pernambuco

Por Evandro Lira

 

Com o objetivo de promover uma consulta à classe artístico-cultural sobre a execução da Lei Paulo Gustavo (LPG) em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE), em parceria com o Conselhos Estaduais de Política Cultural, de Preservação do Patrimônio Cultural, e do Audiovisual, dará início ao Ciclo de Escutas Lei Paulo Gustavo nesta semana.

A primeira etapa da consulta acontecerá em dois momentos: presencialmente, nesta segunda (13) e terça-feira (14), no Centro de Artesanato de Pernambuco, no Bairro do Recife, das 8h às 12h e 14h às 18h; e por transmissão online, nesta quarta-feira (15), das 14h às 18h. Para participar, será necessário se inscrever por meio deste formulário.

Nesta segunda-feira (13), as escutas terão foco no segmento do audiovisual, com a participação do Conselho Consultivo do Audiovisual e toda a cadeia produtiva do setor. Na terça-feira (14), serão abordadas as demais linguagens culturais, com participação do Conselho Estadual de Políticas Culturais (CEPC/PE) e do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC/PE).

Na quarta-feira (15), será realizada mais uma escuta destinada a todos os segmentos culturais de forma online, com o link da participação enviado via e-mail aos inscritos.

Segundo João Vieira Jr., produtor de cinema e membro do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco (CCAU/PE), a sociedade civil presente neste segmento tem uma pauta muito clara, que é colaborar na elaboração e definição de políticas públicas para o setor.

“Vai ser muito importante a nossa participação neste processo para ouvirmos as associações e profissionais e para que possamos colaborar com o governo. Mas, especialmente, que isso permita às empresas produtoras, produtores culturais, agentes culturais e artistas se identificarem nestes editais e se sentirem participantes deste processo”, destacou.

Para Cássio Raniere, presidente do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (CEPPC/PE), há um empenho em garantir que as políticas públicas sejam pensadas de maneira democrática, como no caso da execução da Lei Aldir Blanc no estado.

“Retomamos o diálogo com a gestão para ratificar a necessidade de ampliação e aprimoramento dos canais de escuta na garantia de que a participação social se dê de maneira plena, descentralizada e com políticas de indução para as minorias sociais. Agora, com a execução da Lei Paulo Gustavo, o Governo de Pernambuco dá um passo à frente, se antecipando a destinação do Governo Federal para uma distribuição de recursos que atenda ao desejo da população pernambucana”, avaliou.

Entenda a Lei Paulo Gustavo
Os recursos da Lei Paulo Gustavo são oriundos do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). O audiovisual é a linguagem que conta com mais investimentos por parte da LPG. Dos R$ 3,86 bilhões do FNC destinados à lei em todo o Brasil, a maior parte dos investimentos (R$ 2,79 bilhões) vem da arrecadação do FSA, voltada exclusivamente para o setor.

Com uma enorme capacidade de gerar empregos, esta cadeia produtiva agrega outras linguagens artísticas e expressões culturais que, por sua vez, também terão seus editais específicos com o saldo remanescente do FNC (R$ 1,7 bilhão).

Dos R$ 3,86 bilhões em recursos da Lei Paulo Gustavo previstos para todo o país, R$ 99 milhões serão geridos pelo Governo de Pernambuco, por meio da Secult-PE, que irá promover prêmios e editais voltados para a cadeia produtiva da cultura no estado.

Segundo o secretário de Cultura de Pernambuco, Silvério Pessoa, o Ministério da Cultura ainda trabalha na proposta de regulamentação da lei, que deve ser apresentada até abril deste ano para que comece a entrar em operação.

“Este ano estive em Brasília para o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Culturais de Pernambuco, no qual pudemos compartilhar experiências com o objetivo de operacionalizar da melhor maneira possível a Lei Paulo Gustavo. A proposta de regulamentação irá conter aspectos importantes, como o cronograma e todas as normas e regras que irão nortear os estados e municípios, responsáveis pela operacionalização e repasse financeiro da Lei Paulo Gustavo”.

Ainda de acordo com Silvério Pessoa, na Secult-PE existe um grupo de trabalho para estudar e se preparar para atender todas as exigências do projeto de lei, como a escuta da sociedade civil. “Reforço que os projetos da Lei Paulo Gustavo serão operacionalizados pelo Mapa Cultural de Pernambuco. Portanto, se você ainda não fez o seu cadastro na plataforma, chegou a hora de fazê-lo”.

 

Fonte: Folha de Pernambuco

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