Home Sertão FALANDO FRANCAMENTE//Em ano de política as figurinhas carimbadas são sempre atuais, Tarcísio Rodrigues e suas verdades

FALANDO FRANCAMENTE//Em ano de política as figurinhas carimbadas são sempre atuais, Tarcísio Rodrigues e suas verdades

Por Evandro Lira

Tarcisio_Rodrigues(*) Tarcisio Rodrigues

Nestes tempos em que só se fala em política, as vezes torna-se cansativo e enfadonha abrir jornais, sites, blogs e deparar-se com praticamente as mesmas notícias. Isso a nível mundial, nacional, estadual e local. Mudam-se os cenários, mas o enredo do filme é o mesmo, uma busca desenfreada do homem em busca de poder…sempre mais poder, e para isso permitem inclusive que aconteçam atrocidades, como a que assistimos na Síria onde crianças, idosos e mulheres frágeis, morrem aos montes, e pasmem, em pleno século XXI, morrem de inanição… de fome.

É dramático, para não dizer vergonhoso ouvir uma criança dizer que esqueceu o gosto que tem um pão. Pois é, isso aconteceu há, poucos dias atrás, e o que fazemos, a não ser escandalizar-se? mas logo em seguida tocamos nossa vidinha miúda, sem mais olhar para trás, sem mais procurar saber o que aconteceu com aquela criança.

Infelizmente a vida é assim…caminha pra frente. O momento vivido agora jamais se repetirá, é único, por isso temos que vivê-lo plenamente, mas é claro, sem contudo prejudicar a vida de outros, pelo menos assim é que seria politicamente correto.

Vai longe o tempo em que ‘ser pobre, mas honrado’ valia alguma coisa, vai longe o tempo em que a maior herança deixada por um pai para os seus era seu ‘nome’, que seus descendentes carregariam orgulhosamente consigo.

Atualmente a busca é por mais e mais. A busca é pelo dinheiro e com ele, pelo poder.

Como iniciei dizendo, abrimos os noticiários e só nos chega um amontoado de notícias, de escândalos. Homens já ricos numa busca gananciosa por mais e pra quê?

Para manterem-se no poder, respondo.

O povo… a este cabe a função de ungi-los de mantê-los onde estão, na grande mesa, permitindo que migalhas sejam derramadas para aplacar um pouco da sua fome.

Ao povo… cabe o direito de receber uma esmola, as vezes chamada salário isso ou salário aquilo, bolsa isso ou aquilo e calar-se, resignar-se com a esmola, mas com o compromisso de menear a cabeça sempre positivamente para estes seus ‘benfeitores’.

Na minha humilde opinião não quero acreditar que será sempre assim.

Infelizmente nunca fui afeito a falácias, a promessas vãs.

Felizmente nunca acreditei em milagres, nunca acreditei em fórmulas mágicas, muito menos aceitei esmolas ou benesses em troca do meu silêncio…da minha obediência.

Sou fruto de uma família que carrega em si a desobediência, o questionar. Aprendi desde cedo a respeitar, mas principalmente a buscar as verdades e cobrar a quem de direito.

É de fato cansativo ver serem noticiados os mesmos assuntos, cansativos e as vezes repugnantes, pois o que nos trazem a imprensa são notícias de conchavos, de acordos, onde quem menos importa é o povo, onde quem menos importa é o país, o estado ou o município, e onde prevalece  o ego de cada um, ou mesmo outras coisas que não posso falar.

Toda esta angústia é exatamente porque chegamos a mais um ano de eleição, na verdade um ano perdido, pois se antes já não se fazia nada porque era ano pré-eleitoral, agora não se faz porque é o ano eleitoral. E assim vamos bolando de dois em dois anos, levados na lábia, nas mesmas lábias de sempre.

É, de fato estou cansado, não das mesmas notícias, mas sim, destas mesmas figurinhas carimbadas.

(*) Tarcisio Rodrigues á escritor, jornalista e redator do Caderno 1

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