Home Sertão Marconi Santana fala sobre as dificuldades dos municípios, reforma da previdência, a força dos consórcios e que 2018 será um ano difícil

Marconi Santana fala sobre as dificuldades dos municípios, reforma da previdência, a força dos consórcios e que 2018 será um ano difícil

Por Evandro Lira

OSCP: Qual o maior problema hoje, é a previdência dos municípios, a inconstância do FPM ou essa ajuda esporádica do governo federal ?

MS: “É ao todo, infelizmente o que  a gente vê é a falência dos municípios, em virtude é a consequência do governo federal no que diz respeito a questão do Pacto Federativo, eu acho que esse Pacto Federativo ele vai se acentuar  agora em 2018, em virtude de que os municípios, os recursos que estão chegando proveniente de Imposto de Renda e IPI não tá fechando as contas do município.

A cada ano, a gente aumenta os salários, a cada ano a gente aumenta as despesas com os programas, a cada ano a população dos nossos municípios aumentam e os recursos não aumentam de acordo com os demais, então não fecha a conta, e inclusive um dos calos dos municípios é a questão do Fundo de  Previdência, os aportes extraordinários que os municípios colocam a disposição do Fundo de Previdência para fazer a liquidação de seus aposentados e pensionistas, tem cidades no Pajeú que aportam quase R$ 600 R$ 700 mil reais por mês pra consolidar o pagamento, então, é muito difícil ? é !! mas, esperamos que o Governo Federal através do Congresso, veja e reveja essa questão do Pacto Federativo aumentando os recursos provenientes do Governo Federal para os municípios, só assim a gente terá dias melhores para nossa população e para o nosso município.

O ano de 2018 não será um ano fácil, porque ? o que recebemos de recursos em 2017, é o que vamos receber em 2018 acrescido da inflação  que é pouco mais de 2,7%, então, o dinheiro vai ser escasso, vai ser uma luta enorme, por isso nos estamos no Consórcio pra finalizar esse ano de 2017, mostramos todas as nossas realizações, mais de 180 poços perfurados pelo Cimpajeú, conseguimos emenda parlamentar para compra de usina de asfalto no valor de R$ 1,2 milhão que vamos ter no próximo ano para asfaltar ruas, avenidas e becos e travessas dos municípios  do Pajeú e do Moxotó que são consorciados aqui, então, são várias questões que possibilitam as melhoras através do Cimpajeú, vamos  canalizar a questão da área de saúde, educação, saneamento, segurança pública, agricultura, vamos canalizar através do nosso Consórcio para o fortalecimento dos municípios”.

OSCP: Como o senhor observa a Reforma da Previdência para os municípios, e a sobrevivência dos municípios atrelada aos consórcios ?

MS: “Olhe, eu vejo com ânimo e com preocupação, porque se colocou um Projeto de Lei, sem que nós prefeitos tivéssemos sido ouvidos, sem que o agricultor tivesse sido ouvidas, sem que as classes trabalhadoras de nosso país tivesse sido ouvida, então nós não fomos ouvidos, e ficou uma lacuna muito grande, porque uma hora, os agentes da Receita Federal disseram uma coisa…que tem deficit, oura hora o Governo Federal, diz…que tem déficit, outra hora o CARF que é aquela reunião da economia deixou de cobrar uma dívida ao Banco Itaú de R$ 24 bilhões de reais que o Banco Itaú devia, quer dizer, uma contradição enorme, se não tem dinheiro  pra aquilo e pra acolá, porque estão dando esse perdão de R$ 24 bilhões ao Banco Itaú ?

Então me vejo numa situação no caso dos municípios brasileiros, a gente se vê numa situação difícil, de acreditar em quem ? de ouvir a quem ?  então precisa que os órgãos de fiscalização façam uma cartilha pra que a população tome conhecimento, que os prefeitos tomem conhecimento do que real será a aposentadoria de cada um, em quanto tempo nós vamos conseguir ser aposentados, então é uma discussão ampla , várias lacunas existem, tem os atropelos, cada classe tem os seus interesses, a Policia Militar tem seu interesse, os médicos tem outro interesse, os enfermeiros, e assim sucessivamente. A cada dia que passa tem uma nova classe lutando no Congresso Nacional e os deputados se abraçam naquela causa, mas, esquecem de outras causas, mas é difícil , e não vai ser aprovado da forma que está, tem que haver algumas mudanças, tem que fazer uma explicativa, isso não é o Governo Federal na pessoa do presidente fazer a explicativa para a população não, nem tampouco  os sindicatos, quem tem que fazer isso são os órgãos de fiscalização, pra dizer, olhe! é bom aqui, aqui é ruim, somado o que é aposentadoria, o que vai ficar o ganho para o trabalhador é enorme ou então não tem ganho nenhum, mas, a população do Brasil vai ganhar ao longo de “X” anos, e assim sucessivamente a gente precisa detalhar como vai ficar a aposentadoria.”

Posts Relacionados

Deixe um Comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com
%d blogueiros gostam disto: