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Mês da Criança é bom momento para falarmos sobre educação financeira

Por Evandro Lira

*Por Dora Ramos

Outubro é mês de celebrar com as crianças. Dar um passeio diferente, fazer uma festinha, comprar um brinquedo muito desejado, tudo isso pode. O problema é que o entusiasmo e os pedidos especiais desse período criam um aumento expressivo de gastos extras quando somados às despesas tradicionais. Por isso, esse é um bom momento para criar familiaridade entre a criança e o dinheiro, cuidando para que eles não se tornem consumidores compulsivos.

A maior fragilidade dos pais na educação financeira é atender a qualquer pedido dos pequenos em situação de compra, mesmo que isso comprometa o orçamento familiar. Dessa forma, é prioridade garantir que os filhos saibam da real situação financeira e os seus limites. A estratégia é sentar com eles e compartilhar as principais informações do orçamento atual, sempre respeitando sua idade e capacidade de entendimento. Deixar de falar abertamente sobre o tema ou de esclarecer limites é dar espaço para que aflorem ilusões na criança.

É no período de desenvolvimento que os filhos devem aprender a diferença entre preço e valor. Ensiná-los a pesquisar antes de decidir pela compra e incentivá-los a criar uma poupança para comprar algo desejado ou realizar um sonho também são pontos cruciais. Esta é a função da mesada, que visa vincular despesas ao valor disponibilizado para que a criança ou adolescente exercite cada escolha de investimento e aprenda a poupar. Um bom exemplo são casos em que a criança recebe um valor fixo para comprar o lanche escolar. Este valor, entretanto, não pode ser muito alto, pois isso provoca o comportamento irresponsável diante dos gastos.

Além disso, é importante lembrar que o exemplo é uma ótima forma de educar. Se os pais exercitam uma postura consciente com relação aos gastos no dia a dia, fica mais fácil passar esse conceito aos filhos. Criar uma boa preparação para gerir seu próprio dinheiro implica distinguir e explicar as perdas do consumo por impulso, como comprar algo desnecessário e posteriormente deixar o objeto em um canto da casa, sem utilidade.

O mesmo acontece quando se adquiri um produto por seu valor sazonal, ou seja, porque está na moda, sem mesmo perceber se gosta ou não daquela mercadoria. Por isso, é indicado abusar no planejamento das escolhas e incentivar a conversa sobre gastos. Vale ressaltar, contudo, que não há uma regra que se aplique a todas as famílias, pois tudo dependerá da maturidade dos filhos e da capacidade financeira dos pais.

* Dora Ramos é especialista em Contabilidade, orientadora financeira e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão Empresarial (www.fharos.com.br).

Érika Yukari
Assessoria

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