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Mulheres atendidas pelo Mãe Coruja participam da 1ª oficina do Projeto Geração Afeto

Por Evandro Lira


No primeiro encontro, as mulheres receberam orientações sobre a preparação para a chegada do bebê. O objetivo é estimular as relações afetivas entre as famílias e as crianças nos primeiros anos de vida

As mulheres atendidas no Espaço Mãe Coruja da Cohab participaram, nesta segunda-feira (5), da primeira oficina do Projeto Geração Afeto, que foi lançado pela Prefeitura do Recife na última terça (27), com o objetivo de estimular as relações afetivas entre as famílias e as crianças nos primeiros anos de vida. Na primeira oficina, realizada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Juventude, Políticas sobre Drogas e Direitos Humanos (SDSJPDDH) na Upinha Dia Desembargador José Manoel de Freitas UR-4/UR-5, na Cohab, foi discutida a preparação para a chegada do bebê.

O Projeto Geração Afeto faz parte do empenho da gestão municipal em voltar a atenção das políticas públicas para a primeira infância, visando garantir o desenvolvimento integral dos recifenses de 0 a 6 anos. Está em andamento a criação do Marco Legal da Primeira Infância, que estabelece diretrizes para a formulação e implementação de políticas públicas focadas no desenvolvimento infantil. A legislação tomará como ponto de partida as ações que a Prefeitura do Recife já desenvolve para as crianças de até 6 anos. O marco legal tornará definitiva a priorização da primeira infância pela gestão municipal, para implementar ações que visem o desenvolvimento físico, emocional e social das crianças por entender que uma base sólida proporciona um desenvolvimento mais eficaz.

Ao longo do ano, serão ministradas oficinas do Projeto Geração Afeto sobre desenvolvimento infantil e construção do afeto familiar para as mulheres atendidas pelo Programa Mãe Coruja Recife, que visa fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais. O Geração Afeto é fruto de uma parceria da SDSJPDDH, através da Gerência da Criança e do Adolescente do Recife, com a Secretaria de Saúde do Recife, visando promover as relações afetivas entre as famílias e as crianças em seu processo de desenvolvimento infantil, durante as fases gestacional e da primeira infância, com o objetivo de contribuir para a estruturação da organização familiar, por entender que o aspecto afetivo tem fundamental influência no desenvolvimento intelectual do sujeito.

A ação, que inclui um acompanhamento personalizado, começou nesta segunda e continua ao longo deste mês, em cinco Espaços Mãe Coruja, até o mês de junho. No segundo semestre, o projeto intersetorial será aplicado nos outros cinco Espaços Mãe Coruja existentes. Neste primeiro ano do projeto, serão atendidas até 300 famílias nos dez espaços – 30 em cada unidade. O foco são as mães grávidas, sobretudo as adolescentes, e as que têm filhos menores de 6 anos, juntamente com os pais das crianças e outros familiares.

As famílias atendidas nos Espaços Mãe Coruja Recife vão participar, cada uma, de quatro oficinas técnicas sobre temas ligados ao desenvolvimento infantil e à construção do afeto familiar. Estão sendo utilizadas técnicas de coaching para apoiar as famílias na busca por respostas para a concretização de metas e objetivos afetivos. Durante as oficinas, que serão realizadas mensalmente, com duração de uma a duas horas, o facilitador do desenvolvimento infantil realiza perguntas-chaves para estimular as famílias a chegarem às respostas. Ao final de cada encontro, são indicadas tarefas que devem ser realizadas para alcançar as metas traçadas conjuntamente.

A cada mês, um tema diferente é trabalhado com o grupo de familiares, como por exemplo a preparação para a chegada do bebê, licença maternidade e paternidade, a importância do desenvolvimento infantil na primeira infância, os formatos familiares, como acessar seus direitos, primeiros socorros, entre outros assuntos que também poderão ser sugeridos pelos participantes. Nesta segunda, a conversa girou em torno de assuntos como gravidez não programada, a escolha do nome, a importância das demonstrações de carinho já na gestação e a preparação do ambiente para a chegada da criança.

“É importante criar uma rotina para dormir, por exemplo. Manter o ambiente em silêncio, diminuir a luz, cantar uma musiquinha. Esses cuidados todos vão facilitar na hora do sono e melhorar a qualidade de vida de vocês porque, quando a criança dorme bem, vocês também dormem bem. Também importa a forma como a gente olha pros nossos filhos, como a gente demonstra carinho, como a gente se posiciona na hora de dar limites. É importante estimular que não só a mãe converse com o bebê desde a barriga, mas os demais familiares também. Queremos que vocês que estão aqui sejam multiplicadoras do afeto”, orientou Alexandré Nápoles, gerente da Criança e do Adolescente do Recife.

Grávida de 5 meses da sua primeira filha, Adrielle Maria Barbosa, 27 anos, já tinha o costume de conversar com a bebê desde os primeiros meses de gestação. “Acho que, mesmo na barriga, Helen já entende o que falamos. Eu, meu esposo e minha mãe conversamos demais com ela”, contou a jovem que participou da oficina junto com a mãe, Maria da Silva, 49 anos. “Engravidei de Adrielle acidentalmente, quando eu tinha 20 anos e ainda não era casada. Já a gravidez da minha filha foi planejada. Essa bebê é muito desejada e está sendo muito esperada. Vou ajudar em tudo que puder, vou dar todo meu amor, como orientaram aqui na oficina. Achei muito importante a Prefeitura reunir as mães para dar orientações. No meu tempo, não tinha isso. Até eu, que tenho três filhos já grandes, aprendi aqui coisas que eu não sabia”, contou Maria, que é moradora da UR-4.

MÃE CORUJA – O Projeto Geração Afeto vai fortalecer o trabalho que vem sendo desenvolvido, desde 2014, pelo Programa Mãe Coruja Recife, que tem a proposta de fortalecer os vínculos entre mãe, bebê e demais familiares, por meio de ações intersetoriais. A equipe do programa favorece o acesso das gestantes aos serviços sociais e de saúde, aumentando a capacidade de transformar a realidade das mulheres e seus filhos, com a atenção durante o pré-natal, parto e pós-parto da mãe e do filho, do nascimento aos 5 anos e 11 meses.

Recife conta com dez espaços Mãe Coruja espalhados pela cidade. Nesses locais de acolhimento, são promovidas ações intersetoriais, com participação de diversas secretarias da Prefeitura do Recife. Atualmente, o programa acompanha 7.360 mulheres, sendo 1.851 gestantes, além de 4.900 crianças. Já foram distribuídos, para as gestantes que completaram um ciclo de sete consultas de pré-natal, 5.122 kits Mãe Coruja, que vêm com 11 itens de enxoval de bebê, como banheira, fraldas, saboneteira, sabonete, pomada para assadura, entre outros.

Fotos: Inaldo Lins/PCR

Sofia Costa Rêgo
Assessora de Imprensa

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