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O alerta da oposição em Pernambuco sobre a violência

Por Evandro Lira

Foto: Roberto Soares/Alepe

Anuário da Segurança confirma alerta da Oposição sobre a violência, afirma Silvio

Os indicadores de homicídios, latrocínios (roubo seguido de morte) e crimes não letais contra o patrimônio subiram em Pernambuco entre 2015 e 2016. As informações são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2017, divulgado nesta segunda (30) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Segundo o estudo, Pernambuco subiu nove posições no ranking de latrocínio, ocupando agora a 8ª posição entre os Estados onde proporcionalmente mais se cometem este tipo de crime, com uma taxa de 1,8 ocorrências por grupo de 100 mil habitantes. Junto com a taxa de latrocínio, cresceu também os registros de crimes não letais contra o patrimônio, indicador no qual Pernambuco aparece como líder na região Nordeste, com um índice de 1.223,5 casos a cada 100 mil habitantes.

Em relação aos homicídios, Pernambuco passou de uma taxa de 41,6 por 100 mil, em 2015, para 47,6 no ano passado, enquanto o Ceará conseguiu reduzir seu índice, passando de 46,4 por 100 mil para 39,8. Para efeito de comparação, o Rio de Janeiro, ícone da violência no País, apresentou um índice de 37,6 assassinatos por 100 mil habitantes.

Segundo o deputado Silvio Costa Filho (PRB), líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), os indicadores refletem a redução de investimentos na área de segurança pública. “Em 2015, o orçamento do Estado destinou R$ 3,3 bilhões para a segurança, valor que caiu para R$ 3 bilhões em 2016 e para R$ 2,6 bilhões este ano”, compara o parlamentar.

De acordo com os dados do anuário, a participação dos gastos com segurança nas despesas gerais de Pernambuco caiu de 9,2% para 8,6%, percentual inferior ao de estados vizinhos, como Alagoas (12,2%), Paraíba (11,8%), Bahia (10,5%) e Rio Grande do Norte (10,4%). “A redução de investimentos em segurança pode ser notada na queda de 80 milhões nas despesas com policiamento, que recuou de R$ 1,890 bilhão para R$ 1,810 bilhão, e da queda de quase 40% (39,78%) nos gastos com inteligência, que regrediu de R$ 1,07 milhão para R$ 649,17 mil)”, destacou.

Para Silvio, os dados do anuário confirmam o que a Oposição vem alertando desde 2015. “Infelizmente, a situação do estado é pior do que se imagina. Fazemos um apelo ao governador Paulo Câmara para que possa avaliar as sugestões apresentadas pela Oposição, OAB e setores da sociedade no sentido de ajudar  a reduzir os índices de criminalidade no Estado”, ressaltou.

Despesas com segurança

Participação das despesas com segurança nas despesas gerais dos estados (em %)

Estados

2015

2016

Acre

9,5

8,7

Alagoas

14,7

12,2

Amapá

12,7

10,5

Amazonas

10,6

9,7

Bahia

11,1

10,5

Ceará

9,6

8,6

Distrito Federal

2,6

2,9

Espírito Santo

11,1

11,1

Goiás

14,9

13,8

Maranhão

8,8

8,7

Mato Grosso

12,2

13,3

Mato Grosso do Sul

9,6

11,6

Minas Gerais

12,9

11,9

Pará

11,6

10,8

Paraíba

10,9

11,8

Paraná

9,8

7,4

Pernambuco

9,2

8,8

Piauí

3,4

8,2

Rio de Janeiro

15,2

16,1

Rio Grande do Norte

8,5

10,4

Rio Grande do Sul

7,3

7,1

Rondônia

17,5

12,2

Roraima

12,1

10,5

Santa Catarina

10,1

9,6

São Paulo

6,3

5,7

Sergipe

12,3

11,4

Tocantins

9,9

9,1

Fontes:  Sec. Tesouro Nacional; Fórum Brasileiro de Segurança Pública

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