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Outubro Rosa: o que precisamos saber sobre o câncer de mama

Por Evandro Lira

Dr. Carlos Alberto Reis

Você sabia que o câncer de mama é o tipo mais comum de neoplasia entre as mulheres? Ele responde por 28% dos casos ao redor do mundo e, apenas no Brasil, deve registrar 1,2 milhão de casos entre 2016 e 2017, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Foi justamente para conscientizar as mulheres sobre a importância dos métodos de prevenção a essa doença que surgiu a campanha do Outubro Rosa, adotada por muitos países.

Outros dados alarmantes mostram que a desinformação ainda é um grande causador desse mal: de acordo com a Fundação Laço Rosa, metade das portadoras de câncer de mama não sabe qual é o tipo da sua doença e 71% delas não conhecem nenhum tipo de medicamento para tratá-la.

Para iniciar a abordagem desse assunto, devemos ter claro que o câncer de mama ocorre quando um ou mais nódulos são formados por células anormais que se multiplicam descontroladamente nas mamas. Essa multiplicação pode tornar-se progressiva, fazendo com que algumas células movam-se para outras partes do corpo da mulher e formam as chamadas metástases.

Não existe uma causa específica para o câncer de mama, mas há uma série de fatores de risco. Mulheres que ingerem mais de três doses de bebidas alcoólicas ao dia, por exemplo, têm mais que o dobro de chances de desencadear a doença do que as que não consomem. Dietas ricas em gordura, obesidade e sedentarismo também podem estar relacionadas ao desenvolvimento do câncer. Mulheres que começaram a menstruar muito jovens e demoraram para entrar na menopausa têm maior risco, bem como as que nunca tiveram filhos ou tiveram com idades mais de 30 anos. Aquelas que já tiveram casos de câncer de mama na família formam outro grupo de risco bastante sério. Por isso, elas devem ter um acompanhamento médico mais minucioso.

O fato é que a descoberta da doença pode ocorrer graças a uma medida extremamente simples: a autopalpação da mama, que pode detectar o surgimento de um nódulo a ser investigado. A maioria das mulheres, porém, não percebe o início da doença e só vai se dar conta quando o nódulo já está muito grande ou quando sintomas decorrentes de metástases aparecerem. Por isso, é preciso receber do médico as orientações de como realizar o auto exame corretamente e também fazer os exames preventivos periodicamente.

Diante da constatação do nódulo, deve-se realizar uma biópsia (retirada de um “pedacinho” para estudo laboratorial) para ter a confirmação ou não do câncer. Quando a doença é detectada precocemente, as chances de cura são praticamente totais. À medida que os cânceres detectados já estejam mais avançados, as chances vão diminuindo. No entanto, hoje podemos contar com tratamentos modernos e cada vez mais eficientes, em que, mesmo nos casos avançados, existe a possibilidade de conseguir manter a paciente viva e com boa qualidade de vida por muitos anos.

Dr. Carlos Alberto Reis é coordenador de Oncologia e Quimioterapia do Hospital San Paolo, centro hospitalar de média complexidade da Zona Norte de São Paulo.

 
 
 

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