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PSDB adia reunião sobre destino de Aécio na sigla

Por Evandro Lira

Após o adiamento do julgamento sobre pedido de prisão contra o senador tucano Aécio Neves (MG), o PSDB remarcou para a próxima semana reunião da executiva que aconteceria nesta quarta-feira (21) sobre sua permanência no comando da sigla.

Embora oficialmente o PSDB use a festa de São João para justificar a mudança, nos bastidores, a sigla aguarda o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre Aécio, que ficou para a próxima terça.

Após ser afastado do mandato de senador pela Justiça, há um mês, Aécio se licenciou do comando do PSDB.

A escolha de uma nova presidência dependeria, por exemplo, de sua renúncia ou de sua expulsão. Ainda que tucanos defendam reservadamente que Aécio renuncie, há resistência em criticá-lo publicamente em momento que consideram ser seu ocaso político.

Líderes do partido avaliam que é constrangedor tê-lo na presidência, ainda que afastado. Argumentam que, na atual situação, fica difícil sustentar um discurso de ética e renovação, em meio à profunda crise na sigla.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) chegou a ser repreendido por colegas tucanos depois de ter dado declarações a jornalistas favoráveis à saída imediata do mineiro do comando do partido.

Questionado sobre se o adiamento do Supremo é bom para Aécio, o senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB, admite que é ruim. “Claro que não, mas enfim…”.

O tucano pondera, contudo, que os ministros tomaram uma decisão positiva no sentido de converter em domiciliar a prisão de Andreia Neves, irmã do senador mineiro. “É bom que ele esteja mais tranquilo e tome uma decisão tirando esse peso da irmã”, afirmou Tasso.

O cearense é visto com bons olhos para assumir o comando do partido. A decisão sobre a mudança se centrará mais no “quando” do que no “se” –a avaliação é de que a permanência de Aécio é insustentável perante a opinião pública.

Um dos principais aliados do senador mineiro, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) critica o “açodamento”. “O partido está com muita divergência, as pessoas estão se precipitando. Precisam deixar a poeira assentar um pouco, ouvir o silêncio. Está se falando demais”, afirmou.

Folha de S. Paulo – Thais Bilenky e Talita Fernandes

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