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Restauração do prédio sede do Arquivo Público de Pernambuco será inaugurada nesta segunda-feira

Por Evandro Lira
Foto:Roberto Pereira

Foto:Roberto Pereira

Com a presença do governador Paulo Câmara, de secretários de estado, de artistas e intelectuais, será inaugurada nesta segunda-feira (05/12), às 17h, a #restauração do prédio número 371 da Rua do Imperador, sede do #Arquivo Público Estadual de Pernambuco. Construído em 1731 para ser Câmara, Corte judicial e cadeia, como era praxe na época, a edificação teve múltiplos usos até 1975, quando se tornou abrigo do acervo do Arquivo.

A restauração da histórica edificação, além de necessária e urgente devido ao desgate que apresentava, se relaciona também com as comemorações do bicentenário da Revolução Pernambucana de 1817, comemorado a partir de março do ano que vem, já que o prédio serviu de prisão para os líderes do movimento, que acabariam fuzilados na Praça República. Sete anos depois, também ficou lá detido o Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, líder de outro movimento independendista, a Confederação do Equador.

“Foi muito importante a decisão do governador e do secretário Antonio Figueira de autorizar a restauração do prédio do Arquivo, que testemunhou momentos capitais da história de Pernambuco ao longo dos séculos. Além disso, é depositário do rico acervo do Arquivo Público”, disse o jornalista Evaldo Costa, gestor do Arquivo, enfatizando que o órgão tem recebido apoio de todas as áreas do governo.

A obra de restauração, realizada pela construtora Cinzel, observou todos os critérios técnicos e foi supervisionado pela Fundarpe – Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco. A equipe da Fundação fez detalhado estudo que permitiu identificar tanto a forma quanto as cores originais de 1930, ano em que o prédio foi reformado para adquirir o aspecto atual. O trabalho realizado é semelhante ao executado em 2014, quando da restauração do Palácio do Campo das Princesas.

Depois de removidas até oito camadas de tinta, ficaram definidas as cores estanho para as paredes, verde colonial no esmalte sintético das esquadrias (portas e janelas), e cinza para os elementos de ferro. Uma variação mais escura do tom usado nas paredes destaca adornos e relevos.
Durante a solenidade, o artista plástico Cavani Rosas entregará ao governador um desenho em bico de pena da fachada principal do prédio do Arquivo, realizado já depois da restauração, obra de arte que se juntará a outros trabalhos idênticos feitos no passado e que permitem acompanhar a trajetória comparando as plantas baixas utilizadas como referencial para a construção e para as principais reformas.

Além da inauguração do prédio, o governador e os secretários participam de breve solenidade no Arquivo, com descerramento de placa alusiva, exibição de vídeo que conta a história do edifício e relata inovações implantadas na gestão do Arquivo Público. A estrutura administrativa, por exemplo, agora dá peso idêntico aos acervos digitais em relação aos fundos documentais físicos.
“Todo documento de guarda permanente terá, um dia, uma cópia digital que a protegerá do contato físico desnecessário. E há documentos que já nascem digitais, de modo que mais cedo do que pensamos teremos mais arquivos digitais do que correspondentes em papel”, explica Evaldo Costa.

 
Texto do Arquivo Público de Pernambuco

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