A mensagem da presidente Dilma Rousseff não poderia ter sido mais clara. “Os investimentos que fizemos permitem ao Brasil superar as dificuldades momentâneas, mantendo a política de tarifas baixas”, disse ela em 2014, sobre o preço final da energia para o consumidor.
Meses antes, em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma preconizava a vitória de seu governo nessa área. “O Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento”, anunciou. Em mensagem anterior, a presidente repetia o mantra:
“A partir de agora, a conta de luz das famílias brasileiras vai ficar 18% mais barata”, dizia Dilma. “O Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico.” Enquanto a presidente entoava sua cantilena e incentivava o consumo, as usinas térmicas, cuja produção é mais cara, começavam a ser acionadas para suprir a crescente demanda. Mas elas não deram conta de tudo.
Resultado: não só houve racionamento como o custo da energia disparou – o oposto, portanto, de tudo que a chefe da nação tinha prometido. Na terça-feira 3, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um reajuste salgado para seis distribuidoras de energia. A conta de luz dos consumidores atendidos por elas – a maioria da região Sudeste do País – vai ficar de 18,6% a 45,7% mais cara.
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