Home Notícias Trajetória de 33 anos da CUT ressalta o governo ilegítimo de Michel Temer e chegada de Lula a presidência

Trajetória de 33 anos da CUT ressalta o governo ilegítimo de Michel Temer e chegada de Lula a presidência

Por Evandro Lira

cut_bandeira1CUT: 33 anos em defesa da democracia e da classe trabalhadora

 

A CUT – Central Única dos Trabalhadores – foi fundada em 28 de agosto de 1983, na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo, durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (CONCLAT). Naquele momento, mais de cinco mil homens e mulheres, vindos de todas as regiões do país, lotavam o galpão da extinta companhia cinematográfica Vera Cruz e imprimiam um capítulo importante da história. Nossa história avançou ao longo de 33 anos de lutas.

Numa viagem pela história do Brasil observamos que, no período de 1964 a 1985 perdurava no Brasil o regime militar, caracterizado pela falta de democracia, supressão dos direitos constitucionais, perseguição política, repressão, censura e tortura. Porém, no final da década de 1970 e meados dos anos 1980 inicia-se no país um amplo processo de reestruturação da sociedade. Este período registra, ao mesmo tempo, o enfraquecimento da ditadura e a reorganização de inúmeros setores da sociedade civil, que voltam aos poucos a se expressar e a se manifestar publicamente, dando início ao processo de redemocratização.

Neste cenário de profundas transformações políticas, econômicas e culturais, protagonizadas essencialmente pelos movimentos sociais, surge o chamado “novo sindicalismo”, a partir da retomada do processo de mobilização da classe trabalhadora.

Estas lutas, lideradas pelas direções sindicais contrárias ao sindicalismo oficial corporativo, há muito estagnado, deram origem à Central Única dos Trabalhadores, resultado da luta de décadas de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade pela criação de uma entidade única que os representasse.

Presente em todos os ramos de atividade econômica do país, a CUT se consolida como a maior central sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, 806 entidades filiadas, 7.847.077 trabalhadoras e trabalhadores associados e 23.981.044 trabalhadoras e trabalhadores na base.

Em 33 anos de história, a Central foi determinante nos avanços conquistados pela classe trabalhadora e pelo país em geral; lutamos contra a política neoliberal e ajudando a construir um projeto de distribuição de renda e inclusão social que efetivamente impulsiono uno desenvolvimento do nosso país. É preciso continuar na luta, defendendo cada vez mais trabalhadores (as), pela liberdade e autonomia sindical, para que nenhuma mulher ganhe menos numa mesma função que os homens, para que os índios sejam respeitados, os negros sejam valorizados e que cada vez mais tenhamos uma central sindical pujante com grande capacidade de mobilização e com propósito de melhorar a vida de milhões de brasileiros.

A CUT se constituiu um ator social importante, não apenas na defesa dos direitos da classe trabalhadora, mas, ativista intransigente na luta pelas liberdades democráticas. Assim atuou contra o Regime Militar e contra a flexibilização nas Leis Trabalhistas nos anos 2000.

Ressaltamos que os avanços conquistados na afirmação do estado democrático, a consolidação das relações de trabalho e a construção de uma consciência crítica na sociedade possibilitou a eleição de um operário, Luís Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002. São exemplos dessas mudanças e resultados diretos da CUT, em sua luta incansável pela garantia e ampliação de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Hoje, a maior organização do Brasil prossegue firme diante das ameaças de retrocessos no campo trabalhista, do desmonte das politicas públicas de Estado, através do vergonhoso golpe contra a democracia brasileira, tendo como preposto do capital especulativo, o ilegítimo Michel Temer.

Nosso maior desafio, agora é resistir aos golpistas e fortalecer a democracia, juntamente com todas as forças vivas da democracia.

Somos fortes! Somos CUT!
Fora Temer! Nenhum direito a menos!

*Carlos Veras, presidente da CUT Pernambuco.

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