Anualmente, os cadáveres sepultados no Cemitério de Santo Amaro, área Central do Recife, produzem cerca de 200 mil litros de uma substância altamente tóxica ao ser humano durante os processos de decomposição. O necrochorume é uma combinação de duas aminas: putrescina e cadaverina. O líquido produzido pelos corpos sepultados no chão contaminam o lençol freático, causando risco de envenenamento para quem beber a água dos poços localizados no bairro.
Um projeto de lei, baseado nas pesquisas acadêmicas do hidrogeólogo Lezíro Marques, pretendia criar o serviço de cremação no Cemitério de Santo Amaro, mas foi vetado pela Comissão de Legislação e Justiça da Câmara de Vereadores do Recife nesta semana. O parecer da reunião indicou inconstitucionalidade do projeto, uma vez que a construção estaria no âmbito do poder executivo da cidade, ou seja, apenas o prefeito poderia criá-lo.
O forno crematório combateria a contaminação do lençol freático e aliviaria os custos do município com a manutenção de covas. Com a cremação, haveria maior possibilidade de descontaminação do lençol freático já que a demanda de sepultamentos cairia.
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