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Famílias agricultoras do Semiárido discutem sobre o bioma brasileiro‏

Por Evandro Lira

Kátia Gonçalves – Comunicadora Popular do Cecor

No Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril, famílias agricultoras dos municípios de Custódia, Carnaubeira da Penha e Parnamirim, reunidas no auditório do Centro de Educação Comunitária Rural (Cecor), em Serra Talhada, discutiram sobre a importância da preservação do único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga. A pauta fez parte da programação da Avaliação Territorial, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), executado pelo Cecor.

De acordo com o coordenador do projeto, Carlos André, a data do Encontro foi estratégica para que os agricultores e agricultoras tivessem esse momento de reflexão sobre a Mata Branca, em tupi-guarani caa (mata) e tinga (branca), um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta. Além disso, foram avaliadas as capacitações dos cursos de Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos (Gapa) e Sistema Simplificado de Manejo de Água (Sisma), os intercâmbios e as construções e implementações das tecnologias.

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“O objetivo foi proporcionar às famílias contempladas com as 303 tecnologias de convivência no Semiárido dois dias de avaliação sobre a excursão do projeto nas comunidades e, sem dúvida, falar sobre a nossa caantinga, que ocupa 11% do território nacional e se espalha por dez estados do Brasil, com várias espécies de animais e plantas ameaçadas pelo desmatamento, queimadas e caça ilegal”, explicou Carlos André.

Convidado a falar sobre a Caatinga, o professor da Unidade Acadêmica de Serra Talhada (Uast), Genivaldo Barros Junior, disse que é um dos biomas menos estudados e mais degradado do País. “Por estar na área semiárida, onde os recursos naturais são extremamente importes para a segurança hídrica e alimentar, precisamos tomar consciência de que a degradação que está em andamento deve ser cessada para que não ocorra a desertificação irreversível”, alertou.

Após o almoço, houve apresentação do grupo ‘Herdeiros do Xaxado Solado’, da Fundação Cultural Cabras de Lampião de Serra Talhada. Em seguida, os/as agricultores/as apontaram o programa como uma iniciativa transformadora na vida das famílias que moram nas comunidades rurais. “Estou muito satisfeito com a chegada da tecnologia e do caráter produtivo. Essas ações nos libertam de muitas coisas. Estamos agradecidos, mas ainda precisamos de assistência técnica”, relatou Aldeci Manoel da Silva, presidente da Associação do Barro Vermelho, município de Custódia.

O Encontro Territorial do P1+2 faz parte do Plano de Trabalho do Contrato da Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), que compõe a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), tendo como financiador o MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

Fique por dentro: O Decreto Federal de 20 de agosto de 2003, publicado no Diário Oficial da União, seção 1, edição 161, página 5, de 21 de agosto de 2003, institui o Dia Nacional da Caatinga, a ser comemorado no dia 28 de abril de cada ano. A data homenageia o professor João Vasconcelos Sobrinho (1908-1989), pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil. O Dia Nacional da Caatinga foi celebrado oficialmente pela primeira vez no Seminário “A Sustentabilidade do Bioma Caatinga“, ocorrido nos dias 28 e 29 de abril de 2004 em Juazeiro, na Bahia.

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