O coordenador da Frente Parlamentar de Trânsito e Transporte da Assembléia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Deputado Eduíno Brito (PHS), alertou, em Plenário, na quinta-feira (30), para a necessidade de se enfrentar de forma mais eficaz a epidemia de acidentes envolvendo motociclistas em Pernambuco. O assunto estará na pauta da Audiência Pública que o colegiado vai realizar no próximo dia 19 por ocasião do “Maio Amarelo”, movimento internacional para a redução de acidentes de trânsito.
Eduíno destacou a ocorrência de duas mil mortes em acidentes no Estado em 2014, sendo que mais de 60% desses casos envolveram motocicletas. E disse que, apenas nos três primeiros meses de 2015, o Hospital da Restauração já recebeu 946 acidentados. “Três alas do hospital estão ocupadas por acidentados. Cada paciente custa ao Estado entre R$ 120 mil e 190 mil, e 11% deles sairão paraplégicos ou amputados”, alertou.
O movimento Maio Amarelo é fruto de resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas declarando o período de 2011 a 2020 como “Década de Ações Para Segurança no Trânsito”.
Outros dados sobre o trânsito:
– Assembleia Geral das Nações Unidas editou uma resolução em 2010 o período de 2001 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”, contabilizou cerca de 1,3 milhões de mortes por acidentes de transito em 178 Países, aproximadamente 50 milhões sobrevivem com sequelas.
– Número de veículos
- Ano de 2001: 1.363.283
- Ano de 2014: 2.614.546
– Frota de Moto
- Ano de 2001: 382.746
- Ano de 2014: 977.735
– Taxa motorização de moto por 100 habitantes 2007 e 2014
- Ano de 2007: 4,5
- Ano de 2014: 10,5
– 10% dos pernambucanos possuem motos e 40% da frota do estado de motocicletas.
– Numero de óbitos por acidentes de motos segundo a regional de saúde de Pernambuco
- 2001 – 164
- 2011 – 815
- 2012 – 863
- 2013 – 708
– Só nos três primeiro meses de 2015, já se soma 946 acidentados, recebido pelo Hospital da Restauração.
– A taxa de mortalidade por acidente de moto por 100 habitantes passou de 2,0 em 2001 para 9,3 em 2012, um crescimento de 365%.
- 75% não tinham habilitação
- 57% tinham ingerido bebidas alcoólicas
- 52% estavam sem capacetes
Assessoria de Imprensa/jornalista Paula Costa