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Pesquisadores buscam novas variedades de abacaxi resistentes a fusariose e vírus da murcha‏

Por Evandro Lira

Pernambuco possui 900 hectares de plantação de abacaxi. Na década de 90, esse número alcançou a marca de quatro mil hectares, dizimados pela fusariose.

O Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e a Embrapa Mandioca e Fruticultura discutem ações de pesquisa para a cultura do abacaxi em Pernambuco. O foco é desenvolver novas cultivares resistentes à doença da fusariose e estabelecer plantas matrizes livres do vírus da murcha associada à cochonilha.

Pernambuco possui 900 hectares de plantação de abacaxi, concentrados nos municípios de Vitória, Barreiros, Itambé e Pombos. Na década de 90, esse número alcançou a marca de quatro mil hectares, dizimados com a contaminação da fusariose.

Nesse sentido, de 28 a 30 de julho, os pesquisadores do IPA, José Severino de Lira Júnior e Domingos Andrade, visitaram o Programa de Melhoramento Genético do Abacaxizeiro da Embrapa, em Cruz das Almas, na Bahia. No local, eles foram recebidos pelos Pesquisadores, Davi Theodoro Junghans e Fernanda Vidigal. Na ocasião, foram conhecidos os laboratórios e as etapas de campo para o desenvolvimento de uma nova cultivar de abacaxi resistente à fusariose e com qualidade de fruto semelhante ou superior às cultivares Pérola ou Smooth Cayenne, encontradas atualmente no Estado. Junto com o chefe-adjunto de Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação da Embrapa, Aldo Vilar Trindade, os pesquisadores traçaram ações de pesquisa para elaboração de um projeto em parceria para ser executado em Pernambuco.

A fusariose e a murcha do abacaxizeiro são doenças que causam elevados prejuízos financeiros aos produtores de abacaxi de Pernambuco. O plantio predominante da cultivar ‘Pérola’, que é suscetível tanto à fusariose, quanto ao vírus da murcha, aumenta a importância dessas doenças, fazendo-se necessário o desenvolvimento de novas cultivares com resistência genética, adaptadas às condições de solo e clima do Estado.

Esse mal pode causar lesões em todas as partes da planta e podridão com expulsão de uma substância gomosa, principalmente nos frutos, que se tornam imprestáveis à comercialização. O controle tradicional desta doença se torna caro, pois exige muita mão de obra e várias pulverizações com fungicidas. O plantio de cultivares com resistência genética à fusariose é a estratégia mais eficiente, econômica e com menor impacto ambiental, pois dispensa do uso de fungicidas e não requer nenhuma prática cultural contra a doença.

A murcha associada à cochonilha está se tornando um problema grave para o cultivo de abacaxi. O estabelecimento de matrizeiros com plantas livres do vírus da murcha para multiplicação e distribuição aos abacaxicultores se torna uma estratégia viável para manter a doença em níveis aceitáveis.

Núcleo de Comunicação do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA)

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