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Dia Nacional da Doação de Órgãos: em Pernambuco, 2.587 pacientes aguardam na fila de transplante

Campanha "Setembro Verde" dá destaque ao movimento que busca conscientizar sobre doação de órgãos

Por Evandro Lira

Celebrado nesta terça-feira (27), o Dia Nacional da Doação de Órgãos ganha destaque ao longo desse mês com a campanha “Setembro Verde”, que visa a conscientização sobre doação de órgãos e tecidos. Em Pernambuco, de acordo com a Central de Transplantes (CT-PE), 2.587 pacientes estão aguardando por um órgão ou tecido no estado.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, em agosto de 2021, com 1.976 pessoas, mostrou que 70% querem ser doadoras, mas destas 46% ainda não informaram à família esse desejo. À frente do Programa de Transplante de Fígado, o professor e médico hepatologista Cláudio Lacerda ressalta a importância de se discutir, em vida, com a família, o desejo de ser um doador.

“Para ser doador de órgãos e tecidos, não é necessário deixar nada escrito, por isso é fundamental expor esse desejo aos familiares (até segundo grau de parentesco), para que seja devidamente respeitado. Em condição de morte encefálica, pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas potenciais doadoras”, explica.

O hepatologista lembra que a doação de órgãos e tecidos também pode ser feita em vida. Nesse caso, o doador deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. “A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só acontece mediante autorização judicial”, acrescenta.

Doações em Pernambuco
Segundo a Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), 2.587 pacientes aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco. A maior fila é por rim (1.453), seguida de córnea (916), fígado (153), medula óssea (26), rim/pâncreas (24) e coração (15).

Entre 2020 e 2021 já foram realizados 149 transplantes de fígado na Unidade de Transplante de Fígado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (UTF/HUOC). Ao longo de 23 anos o programa que é referência no Brasil já realizou quase 1.800 transplantes.

No Recife, a Associação Pernambucana de Apoio aos Doentes de Fígado (Apaf), que funciona dentro do HUOC, assiste pacientes de vários estados do país com doenças hepáticas, transplantados e suas famílias.

Foto: Ray Evllyn/Divulgação

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