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Saiba o que é o Custo Social do Carbono e por que PE tem utilizado esse valor para definir políticas públicas climáticas

Segundo dados da WayCarbon, uma das maneiras de estimar esse custo é pelo modelo de avaliação integrada, que calcula a concentração de GEE na atmosfera

Por Evandro Lira

Já ouviu falar sobre o Custo Social do Carbono (CSC)? Diferentemente de uma taxa ou um imposto, o Custo Social do Carbono (CSC) é o valor do impacto das mudanças climáticas durante a emissão de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Esse custo é importante porque, ao quantificar tais impactos, é possível ter uma visão macro sobre os problemas transversais que eles geram.

De acordo com o gerente geral de Instrumentos Econômicos da Semas-PE, Bruno Lopes, sob a ótica econômica, o cálculo do CSC oferece condições para elaborar políticas públicas de mitigação climática, descarbonizando a economia.

“O Custo Social do Carbono proporciona o pensamento crítico sobre o crescimento econômico versus o impacto nas populações, principalmente nas regiões mais carentes, e o papel que temos no presente sobre as gerações futuras”, explica Bruno Lopes.

Segundo dados da WayCarbon, uma das maneiras de estimar esse custo é pelo modelo de avaliação integrada – que calcula a concentração de GEE na atmosfera – por exemplo, o impacto desse aumento na temperatura global, ou as alterações na produção e no consumo causados pelo aumento da temperatura. Se o CSC for alto, o mais eficiente para a sociedade é investir em tecnologias limpas, reduzir as emissões de GEEs e automaticamente mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas.

Mas se o CSC for baixo, o mais indicado é investir em adaptação climática. “Adaptação climática é o mesmo de investir em instrumentos para preparar as regiões e população sobre os efeitos das mudanças climáticas, como fortalecer barragens, aumentar altura de pontes, tirar pessoas de regiões propícias ao deslizamento de terra”, ressalta Bruno Lopes.

Cenário internacional

Conforme as informações do relatório States and Trends of Carbon Markets do Banco Mundial, em 2022, houve um aumento no interesse em estabelecer os padrões comuns para a precificação do carbono nas jurisdições internacionais.

Apesar de não citar qual seria esse preço mínimo, o documento cita uma faixa de preços defendida por alguns especialistas climáticos consultados pela Reuters, que varia entre US$ 50 e 250 dólares, com média estimada em US$ 100.

Pernambuco

Diante da importância do tema e seguindo a tendência dos principais países do mundo que estruturam estratégias para enfrentar a emergência climática, a Semas Pernambuco criou na atual gestão a Gerência de Instrumentos Econômicos.

“Estamos desenvolvendo um mapa regulatório e uma série de mecanismos econômicos capazes de definir o custo social do carbono por uma perspectiva que estimula a preservação e restauração da fauna e flora, que explora novas fontes energéticas de baixo carbono e, ao mesmo tempo, leva em consideração os impactos socioeconômicos ao trazer novos modelos de negócios que agregam valor e empregos para a economia local”, pontua o gerente geral de Instrumentos Econômicos da Semas-PE, Bruno Lopes.

Pernambuco entende que essas são algumas das estratégias mais eficazes para empurrar a economia e participar da meta de zerar as emissões líquidas.

Ascom Semas

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