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Programa Desenrola: Leilão de descontos para renegociar dívidas

Sua Chance de Limpar o Nome

Por Evandro Lira

Nesta etapa, será realizado um leilão de descontos, no qual credores inscritos no programa podem informar o valor disposto a oferecer como desconto para quem deseja renegociar dívidas.

Segundo o planejamento do programa Desenrola, as empresas que oferecerem os maiores descontos terão garantia do crédito.

O governo federal espera uma média de até 58% para o desconto mínimo da dívida.

Os leilões serão realizados por meio de lotes, para agrupar dívidas de perfis semelhantes.

Por exemplo, dívidas relacionadas ao setor de atuação da empresa (como água, energia e telefone), valor das dívidas, tempo de negativação, etc.

Na segunda etapa, prevista para começar a partir da próxima semana, os consumidores com dívidas de até R$ 5 mil poderão verificar se seus débitos foram inscritos no programa e qual foi o desconto oferecido pelo credor.

Segundo o Ministério da Fazenda, poderão ser negociados quase R$ 79 bilhões, o que beneficiaria mais de 30 milhões de pessoas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que, desde que o Desenrola entrou em vigor, já foram renegociados mais de 2 milhões de contratos em atraso.

O número corresponde a cerca de 1,6 milhão de clientes. Ainda conforme a entidade, mais de 6 milhões de registros foram retirados de anotações negativas pelas instituições financeiras.

Febraban

“O Programa Desenrola é um instrumento bastante relevante de renegociação de dívidas, atendendo ao momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”, avaliou o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Nestas primeiras etapas, o objetivo do Desenrola é renegociar dívidas do público da faixa 1, composta por quem tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) com dívidas de até R$ 5 mil negativadas até 31 de dezembro de 2022.

Podem ser renegociadas dívidas bancárias e não bancárias, como contas de consumo (luz, água e telefone).

Os consumidores que renegociarem suas dívidas poderão ter descontos consideráveis na dívida, além de poder, pagar o débito em até 60 meses, com juro máximo de até 1,99% ao mês.

Dicas para renegociar dívidas

Dois especialistas financeiros dão dicas acerca das renegociações. Como, por exemplo, saber se o desconto ou a oferta realizada pelo credor vale a pena?

Confira, a seguir, 6 dicas para renegociar dívidas e não cair em ciladas.

Para a professora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, Valéria Vanessa Eduardo, é necessário que o cliente compreenda o motivo de suas compras para não estar vulnerável a fazer novas dívidas.

Além disso, a especialista indica o equilíbrio financeiro, por meio do controle de gastos, como forma de se prevenir do pagamento de juros.

Relacione todas as dívidas

Relacione todas as suas dívidas e entre em contato com cada um dos credores para negociar os pagamentos diretamente;

Busque feirões de desconto com 90%

Procure por feirões que ofereçam descontos de até 99% dos débitos. Hoje, existem vários eventos e modalidades do tipo. Para a especialista, os feirões representam ótima oportunidade de renegociação;

Utilize o 13º salário para amortizar pendências

Utilizar o 13º salário para a amortização das dívidas significa que o consumidor não está comprometendo seu orçamento mensal para o pagamento da dívida, significando espaço na renda para obter controle de gastos;

Só feche acordos compatíveis com seu orçamento

É crucial, na avaliação da professora, que o endividado só feche acordos se as condições forem compatíveis com sua realidade financeira. Ou seja, se couber no seu orçamento;

Não quebre o contrato de renegociação

Quebrar o contrato de débito pode levar à perda dos descontos oferecidos, cancelamento da renegociação e retomada de juros;

Evite novas dívidas

Autoconhecimento e controle do orçamento financeiro para evitar novas dívidas, principalmente àquelas ligadas ao consumo emocional.

“Evitar compras compulsivas, comparações sociais, materialismo e vulnerabilidade de consumo são fatores cruciais para um melhor controle financeiro. Para equilibrar a renda, as pessoas podem destinar 50% para gastos essenciais, como aluguel, alimentação e transporte; 30% para estilo de vida, como academia e lazer; e 20% para pagamento de empréstimos ou investimentos”, indica a especialista.

O Desenrola vale a pena?

É importante ressaltar que para participar do programa Desenrola é necessário ter inscrição no CadÚnico, do governo federal.

Vale destacar também as dívidas que levaram o consumidor a ser negativado devem ter valor de no máximo R$ 5 mil.

Para o professor de Ciências Contábeis da Faculdade Anhanguera, João Batista de Oliveira Bolognesi, o programa representa uma ótima oportunidade para renegociação.

“Vale muito a pena participar do Programa Desenrola Brasil, por se tratar de uma oportunidade de limpar o nome junto às Instituições como Serasa e voltar a ter acesso a créditos”, afirma.

 

Fonte: Jornal Contábil

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